quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Deuteronômio 32 - O cântico de Moisés

Aqui Moisés recita perante o povo o cântico que Deus lhe ordenou. Ele invoca os céus (ou seja, os anjos) e a Terra (os homens) para serem testemunhas das palavras que ele iria proferir.

Deus é exaltado como a Rocha (v. 4). Esta palavra aparece cerca de 30 vezes no AT como um título para Cristo, o rei e líder da teocracia hebraica. O verso 4 é a primeira vez onde a palavra "Rocha" é usada para se referir a Yahweh (além dos versos 15, 18, 30 e 31) (adaptado de CBASD, vol. 1, pág. 1172).



O cântico faz um contraste entre o cuidado de Deus e a rebeldia do povo (v. 6). Os filhos de Israel abandonaram o Senhor (v. 5), apesar dele tê-los tirado do Egito (v. 10) e conduzido até a terra prometida, onde eles teriam fartura de todo tipo de bênçãos (v. 12-14).

O povo, porém, após estar cheio de bênçãos (v. 15) abandonou a Deus e passaram a adorar deuses estranhos (v. 16-17) esquecendo-se dEle (v. 18). Deus então os entregou à sua própria sorte (v. 19-25), permitindo que os seus inimigos os dominassem.

Eles eram um povo sem entendimento, não viam que as suas vitórias que eram alcançados sobre exércitos maiores eram uma providência divina, pois Deus já os tinha entregado nas mãos do Seu povo (v. 30). A "rocha" deles não é como a "Rocha" de Israel, ou seja, os seus deuses não são deuses de verdade, mas o Deus de Israel sim (v. 31).

Porém, Deus iria novamente ter misericórdia do seu povo e vingá-los por causa da opressão imposta pelos seus inimigos (v. 35-36). Deus então mostrará que os deuses dos povos pagãos não eram nada (v. 37-38). O único Deus verdadeiro é o Deus de Israel, o Deus "Eu Sou" (v. 39). Ele é aquele que promete livrar e fazer vingança pelo seu povo (v. 40-43).

Este foi o último dia da vida de Moisés. Deus o mandou subir o monte Nebo que fica de frente de Jericó para ver a terra prometida na qual ele não iria entrar (v. 49-52).


Este cântico, feito para aquela época, ilustra para nós o rumo da vida dos seres humanos. Nossa vida é espiritual é cheia de altos e baixos. Nascemos no pecado, Deus nos salvou por meio de Seu Filho e nos concede todo tipo de bênçãos. Muitas vezes esquecemos de Deus quando estamos cheios de bênçãos. Geralmente quando abandonamos a Deus nós colhemos imediatamente os frutos da desobediência. Estando então em sofrimentos, tristeza e vazio interior é que lembramos de Deus. Mas a bondade de Deus é infinita e ele nos traz de volta para perto de si.

Esta mesma sequência podemos encontrar em outros lugares da Bíblia, como por exemplo na história do rei Manassés (2Cr 33:1-13) e na parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32). Em todos estes exemplos é necessário perceber uma coisa muito importante: Deus perdoa aqueles que refletem a respeito de sua vida de pecados, arrependem-se dos seus atos e desejam voltar para perto do Senhor com o intuito de agora fazer o que é certo.


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