Este capítulo trata de alguns assuntos relacionados aos homicidas e as providências a serem tomadas em cada caso.
No início, trata-se novamente das cidades de refúgio (ver comentário de Nm 35). A princípio Deus determinou a Moisés três cidades (v. 2) indicando quais seriam (Nm 35:14,15). Depois, quando Deus concedesse a Israel um aumento territorial eles deveriam separar mais três cidades (v. 9).
Estas cidades foram determinadas para servir de proteção para as pessoas que haviam cometido homicídio não intencional (v. 4). Para que o parente da pessoa morta não viesse cometer vingança.
Estas cidades deveriam ficar "no meio" da terra (v. 2), mas não no sentido literal, geográfico. A disposição destas cidades deveria se feita de tal forma que fosse acessível a qualquer pessoa que precisasse, a fim de que o homicida não fosse alcançado durante a fuga, "por ser comprido o caminho" (v. 6).
Um detalhe importante: estas cidades não eram para todos os homicidas, mas apenas para as pessoas que haviam cometido o que hoje chamamos de homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar. Caso alguém tivesse cometido homicídio doloso, ou seja, intencional ou premeditado, e viesse se refugiar em uma dessas cidades, os anciãos daquela cidade (logicamente após investigar o caso) levariam aquele homicida para o vingador da pessoa morta (v. 11-13).
Orientações acerca das testemunhas
Em seguida, Moisés orienta o povo a não levar em consideração a acusação feia por apenas uma testemunha. Todo julgamento deveria ser feito a partir do depoimento de duas ou mais testemunhas (v. 15).
Além disso, o povo foi orientado contra as falsas testemunhas. Todo caso deveria ser analisado e caso fosse constatado que haviam testemunhas falsas, elas deveriam ser punidas com a mesma pena que desejava infligir sobre o acusado (v. 16-19). Tal medida era necessária como exemplo contra este mal, para que não continuasse surgido no meio do povo. Este pecado é tão grave que é citado em um dos dez mandamentos (Êx 20:16).
O nosso Deus é justo (Sl 11:7; 119:137; Ap 15:3; 16:7). Assim como livra o inocente ele pune o culpado. Devemos então analisar nossos atos e intenções. Se pecarmos e viermos a nos arrepender, ele nos perdoará (Is 43:25; 1Jo 1:9; 1Jo 2:1). Se porém agirmos mal deliberadamente, nem viermos a nos arrepender, receberemos a justa punição.
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