Um sacrifício oferecido a Deus não poderia ser imperfeito ou defeituoso, visto que representava Cristo (1Pe 1:19). Deus merece o nosso melhor, e oferecer a ele algo mais barato ou de qualidade inferior quando se tem algo melhor é falta de respeito e desprezo por ele.
Os versos 2 a 6 relata o procedimento no julgamento nos casos de pecados cometidos deliberadamente contra Deus. Quando por exemplo alguém abandonava o Senhor para servir a deuses estranhos (v. 3), tal pessoa deveria ser julgada conforme o depoimento de duas ou mais testemunhas (v. 6), sendo feita uma análise cuidadosa dos fatos (v. 4). O processo de disciplina eclesiástica na igreja cristã segue esses princípios. Ninguém deve ser julgado baseado em boatos ou no depoimento de uma pessoa apenas. Devem ser dadas plenas condições de defesa e principalmente de arrependimento ao pecador (Mt 18:15-17).
Se o caso fosse complicado demais para ser julgado pelos tribunais locais de Israel, deveria ser apresentado para o sacerdote ou o juiz atuante na ocasião (v. 8-9). Tal sentença deveria ser cumprida à risca (v. 10-11) sob pena de morte (v. 12). O propósito de leis tão severas era inculcar na mente do povo o respeito pelas autoridades estabelecidas, e consequentemente, pela autoridade divina.
Os versos 14 a 20 relatam o que deveria ser feito caso o povo desejasse nomear um rei e também como o rei deveria proceder durante seu mandato. Deveria ser alguém escolhido por Deus (v. 15) dentre o povo de Israel.
O tal rei não deveria adquirir cavalos demasiadamente (v. 16). A necessidade de ter uma cavalaria indicava uma falta de confiança no poder de Deus para proteger o seu povo. Além disso, o rei não deveria ir até o Egito, um reconhecido fornecedor de cavalos. Salomão transgrediu estas ordens (1Rs 4:26). O território montanhoso da Palestina não era propício para uma grande criação de cavalos, o que indicava o desejo de conquista de territórios por meio de alianças com os povos vizinhos.
O rei também não deveria ter várias mulheres (v. 17). Davi transgrediu esta ordem (2Sm 5:13), mas principalmente Salomão (1Rs 11:3). Estas mulheres vinham de vários reinos e acabaram pervertendo o coração de Salomão.
Os reis também não deveriam amontoar prata e ouro (v. 17). A riqueza por si só não é pecado, mas dá maior abertura às tentações (Mc 10:23; 1Tm 6:9-10,17-19).
Além disso, os reis deveriam ter uma cópia das escrituras e estudá-las diariamente (v. 18). Com certeza o propósito dessa recomendação era que o rei agisse conforme a sabedoria dada por Deus mediante a Sua palavra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, identifique-se ao postar seu comentário.