quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Deuteronômio 24 - Leis de caráter humanitário

Os versos 1 ao 4 tratam do assunto do divórcio. Os fariseus no tempo de Jesus interpretavam essa passagem afirmando que o homem poderia repudiar sua mulher por qualquer motivo (Mt 19:3,7). Cristo corrigiu o pensamento deles afirmando que não era propósito de Deus que o divórcio fosse realizado (Mt 19:4-6), mas que isso havia sido permitido por causa da dureza do coração do povo (Mt 19:8).

A consumação do casamento com um segundo marido tornava-a impura para o primeiro marido (v. 4). Se ele tornasse a casar com ela estaria cometendo adultério.



Os versos a seguir dão várias recomendações que visam o bem estar das pessoas na sociedade israelita, principalmente os pobres e desafortunados.

Os homens recém-casados não deveriam ir à guerra (v. 5). Isto proporcionava condições para que o lar se estabelecesse de maneira mais firme, além de possibilitar o surgimento de herdeiros que dariam continuidade à descendência ao nome da família.

Não se deveria tomar como penhor duas pedras de um moinho, nem apenas a de cima (v. 6), pois este tipo de instrumento era de valor inestimável para a subsistência para a família.

Raptar uma pessoa para escravizá-la era um crime punível com a morte (v. 7). Deus valorizava a liberdade como algo precioso.

O povo deveria tomar precauções a respeito da lepra (v. 8 e 9), que era a doença mais grave dentre o povo e a forme de impureza cerimonial mais grave.


Quando uma pessoa emprestasse algo e fosse buscar alguma coisa em troca como penhor, não poderia entrar na casa para escolher o que quisesse como penhor (v. 10 e 11). Se a pessoa que tomou emprestado fosse pobre, provavelmente só teria em casa algumas roupas, vasilhas e um moinho. É possível que o manto exterior fosse o único bem que o pobre poderia dar como penhor. Este penhor não poderia ser retido durante a noite (v. 12 e 13). Deus sempre teve cuidado dos pobres.

Os jornaleiro (trabalhador pago por jornada diária) pobre ou o estrangeiro tinham proteção especial da parte de Deus. Ninguém deveria oprimir ou defraudá-los (v. 14 e 17). O seu salário deveria ser pago pontualmente, pois a sua vida dependia disto (v. 15).

A responsabilidade pelo pecado é individual (v. 16).

O povo de Israel deveria sempre lembrar de sua condição passada como escravos no Egito (v. 18 e 22) e por isso deveriam exercer misericórdia para com os necessitados. Isto incluía deixar para trás uma parte da colheita para eles (v. 19-21).


Da mesma forma hoje nós devemos ajudar aqueles que tiveram menos sorte na vida. Embora não possamos dar sustento aos pobres que encontramos em nosso dia a dia, com certeza podemos por meio de pequenos gestos contribuir para aliviar o seu sofrimento.

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