terça-feira, 11 de setembro de 2012

Números 31 - A Batalha contra os midianitas

A ordem de ferir os midianitas já havia sido dada a Moisés (Nm 25:16-18), mas agora ele devia organizar o exército que iria para a batalha. Deus ordenou que Moisés vingasse os filhos de Israel dos midianitas, pois a praga que houve no meio do povo veio por causa dos midianitas que haviam desencaminhado o povo de Deus para o culto de Baal-Peor.

Foram enviados para a batalha doze mil homens, sendo mil de cada tribo. Estes derrotaram os midianitas, matando todos os homens do exército deles (v. 8). Também mataram o profeta Balaão. Se Balaão tivesse sido fiel a Deus,
ao invés de amar o dinheiro, teria sido poupado.

Vencida a batalha, os homens levaram para Israel as mulheres midianitas como cativas, as crianças e também o seu gado e muitos despojos (v. 9-12). Era costume antigo os vencedores de uma guerra matarem os homens mas deixarem viver as mulheres e crianças.

Ao ver as mulheres, Moisés ficou indignado, pois foram as mulheres midianitas que induziram o povo à idolatria (v. 14-16). Foi então dada a ordem que matassem todas as crianças do sexo masculino, provavelmente para evitar que a nação midianita ressurgisse. Também deveriam ser mortas todas as mulheres que haviam tido relações com algum homem, o que certamente incluiria aquelas que levaram os israelitas à idolatria.

Apenas deveriam ser deixadas vivas as meninas e as jovens que não tiveram relações com algum homem (v. 17-18), pois elas poderiam crescer sob os costumes israelitas. Posteriormente foi estabelecida uma lei acerca destes casos, onde um homem poderia tomar uma cativa por mulher (Dt 21:10-14).

Tudo o que foi tomado dos midianitas (pessoas, animais e bens de valor) deveria ser divido em duas partes iguais, ficando uma para os guerreiros e outra para o restante do povo (v. 25-27). Todos então deveriam apresentar ofertas no templo, conforme o Senhor havia determinado.

No entanto, os homens que foram à batalha apresentaram ofertas voluntárias como gratidão a Deus, pois não houve nenhum morto na batalha (v. 48-49) e todos os guerreiros tomaram despojos para si (v. 53).



A guerra sempre é algo desagradável de se ver e até mesmo de se comentar, mas nesse caso foi uma necessidade pois tratava-se de uma disputa entre o povo que Deus havia escolhido para si e uma nação totalmente pagã.

A Bíblia está cheia de relatos de pecados seguidos pela misericórdia de Deus (veja por exemplo o caso de Nínive, no livro de Jonas). Quando Ele decreta o extermínio de uma nação é porque ela já o rejeitou por muito tempo, tornando-se um caso irremediável.

Mas mesmo neste cenário terrível de guerra e destruição vemos alguns aspectos interessantes a considerar:

  • O cuidado de Deus para com os seus filhos que saíram para a batalha, protegendo-os para que nenhum morresse;
  • A gratidão dos guerreiros, apresentando ofertas voluntárias ao Deus que cuidou deles e lhes deu a vitória. 


2 comentários:

  1. E ainda há de se destacar que as "mulheres puras" receberam a oportunidade de se converter aos costumes do povo de Israel.

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  2. Certamente! Completando o que o amigo ErivandoXP comentou, imagine o que ocorreria se as mulheres "experientes" (provavelmente viúvas) não tivessem sido mortas. O que ocorreria com elas estando no meio do povo de Deus? Claro que mais cedo ou mais tarde iriam levar Israel à idolatria.

    No caso dos filho (masculino), qual seria o sentimento de saber que mora com pessoas que mataram seus pais. Logo ao se tornar homens vingariam seus familiares.

    As jovens donzelas tiveram esta oportunidade de conversão e claro que se não aproveitassem a oportunidade e continuasse nas práticas antigas (necromancia, feitiçaria, idolatria, etc) logo seriam executadas pelas leis civis da nação.

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