Apesar da repreensão divina, Balaão foi até Balaque com o fim de tentar obter algum ganho. Estando eles no monte Barmote-Baal (Nm 22:41), o profeta mandou Balaque erigir sete altares e sobre eles sacrificar sete novilhos e sete carneiros. Após isto Balaão mandou Balaque ficar próximo aos alterares enquanto ele iria subir a um morro onde pudesse ficar sozinho para ver se Deus falaria com ele.
Balaão e Balaque realmente achavam que iriam agradar a Deus com aqueles sacrifícios, fazendo-o mudar de opinião. Não é a quantidade de sacrifícios, rituais ou cerimônias
que agradam a Deus, mas sim um coração arrependido (Sl 51:17). Deus quer adoradores e não aduladores. Deus não pode ser comprado.
A cegueira espiritual de Balaque e Balaão era tão grande que nem pararam para pensar nos seus atos: um profeta apostatado e um rei pagão oferecendo sacrifícios no monte de Baal tentando fazer Deus mudar de opinião.
Porém Deus, na sua bondade e paciência, foi ao encontro do profeta para falar com ele, não por ter mudado de opinião, mas para dizer ao profeta as palavras que ele deveria pronunciar. O resultado foi que Balaão proferiu uma bênção para Israel ao invés de uma maldição. A Bíblia diz que "o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão" (v. 5), de modo semelhante ao que fizera com a jumenta (Nm 22:28).
O rei descontente com as palavras de Balaão resolveu levá-lo a outro monte e lá ofereceram novamente um sacrifício, semelhante ao primeiro. O fato de Balaque levar o profeta a outro monte onde ele veria apenas uma parte do povo talvez tenha sido porque o rei achasse que Balaão não amaldiçoou o povo por medo ao ver a quantidade deles (v. 13).
Novamente Deus apareceu a Balaão, pôs a palavra na sua boca e novamente Balaão proferiu uma bênção ao invés de uma maldição. Pela terceira vez Balaque levou Balaão na tentativa de fazer com que Deus permitisse que Balaão amaldiçoasse o povo. É impressionante como o pecado faz com que as pessoas insistam nos mesmos erros!
Vemos nesta história um retrato da vida de quem não serve a Deus, mas busca apenas seus interesses: Não dá ouvidos à palavra de Deus, insiste nos mesmos erros e além de tudo ainda quer que Deus aceite suas atitudes. Não é Deus quem tem que mudar conforme nossa vontade, somos nós que temos que nos moldar conforme a vontade de Deus.
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