quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Deuteronômio 11 - Mais motivos para a obediência

Continuando o seu discurso, Moisés insiste em incentivar o povo à obediência a Deus. Para isso, ele agora apela à memória das pessoas mais velhas, que chegaram a contemplar as demonstrações do poder de Deus (v. 2 e 7). Eles viram as obras do Senhor quando ele libertou o povo do Egito (v. 3 e 4), quando guiou o povo pelo deserto até aquele lugar (v. 5) e o que ele fez para punir a rebeldia de Datã e Abirão (v. 6).

Mais uma vez Moisés relata as bênçãos advindas da obediência a Deus. Desta vez, ele compara as terras do Egito, de onde o povo havia saído, com as terras de Canaã. O Egito era um lugar onde não chovia e por isso a agricultura era feita através da irrigação (v. 10). Já a terra de Canaã era uma terra cheia de montanhas onde a chuva era abundante, ideal para a agricultura (v. 11). Estas bênçãos sobre a terra somente continuariam enquanto o povo continuasse sendo fiel a Deus (v. 12-15).


As palavras citadas nos versos 18 a 20 são bastante parecidas com as de Dt 6:5-9. Moisés estava justamente inculcando na mente do seu povo os conselhos divinos.

Os versos 26 em diante relatam a bênção para os que cumprem os mandamentos de Deus e a maldição para aqueles que não cumprem, desviando-se do caminho apresentado por Deus. Vemos aqui uma evidência bíblica do livre-arbítrio (apesar desta expressão não existir na Bíblia). É interessante perceber que mesmo tendo as duas propostas às nossa disposição, Deus nos dá diversos incentivos para a obediência, a fim de que sejamos fiéis e pratiquemos os seus mandamentos e podermos receber as bênçãos.


Assim como no início do capítulo Moisés incentiva o povo a lembrar as maravilhosas obras de Deus, nós também devemos lembrar do que Ele tem feito por nós. Deus sempre atua em nossa vida, portanto, relembrar as coisas que Ele fez é uma ótima forma de nos motivarmos a ser fiéis. Existe também um outro incentivo, menos nobre: ponderar a respeito do que receberemos de Deus: bênção ou maldição.

O ideal, no entanto, é que a nossa fidelidade seja baseada no amor a ele (v. 1). Este amor é uma reação natural ao amor que ele já demonstrou por nós (1Jo 4:10, 19).

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