Duas tribos, os rubenitas e os gaditas agradaram-se das terras situadas a leste do Jordão e que haviam sido conquistadas pelo povo. O motivo: eles tinham muito gado e a terra era boa para criação. Solicitaram então a Moisés que permitisse que eles não cruzassem o rio Jordão, mas se estabelecessem ali mesmo.
Moisés então reprovou a atitude deles, pois assim eles estaria desencorajando o restante das tribos de Israel a cruzarem o Jordão. Tal atitude foi comparada ao relatório negativo dos espias
quarenta anos atrás (v. 7-12).
Após isso as tribos de Ruben e Gade, além de metade da tribo de Manassés, propuseram a possibilidade de eles construírem currais para o seu gado e cidades fortificadas para deixarem suas mulheres e crianças, depois eles iriam armados juntamente com as outras tribos para ajudá-los nas batalhas. Somente quando todas as tribos estivessem de posse de suas terras é que eles voltariam para a sua herança a leste do Jordão. A proposta foi aceita por Moisés e assim foi feito.
O texto não deixa claro se o interesse dessas tribos nas terras além do Jordão foi motivado por egoísmo, uma forma de tomar vantagem sobre as outras tribos pegando o melhor para si, mas o fato é que eles ao fazerem tal petição a Moisés estavam saindo do plano original de Deus que era o de lhes conceder a terra de Canaã, que ficava além do Jordão.
Todos nós corremos o risco de nos desviarmos do plano original de Deus, seja em um aspecto simples da vida ou em uma coisa que abertamente se torna pecado. Tal mudança de rumo sempre traz consequências, pequenas ou grandes. No caso citado neste capítulo a consequência seria desestimular o povo a prosseguir.
Por este motivo é nosso dever nos mantermos no rumo que Deus estabeleceu, pois assim estaremos fazendo o que é melhor para nós e para os outros. Devemos ter o cuidado de não escandalizar os outros através de nossas decisões e do nosso estilo de vida (Rm 14:13; 2Co 6:1-3).
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