Deuteronômio é o quinto e último livro do pentateuco. O título em português vem da Septuaginta, uma tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego. Deuteronômio é uma composição de duas palavras gregas: "Deuteros" (segunda) e "Nomos" (lei). Portanto, Deuteronômio significa "segunda lei", em relação ao livro de êxodo onde a lei foi revelada pela primeira vez.
É quase que total a crença que o autor seja
Moisés. Somente alguns eruditos modernos questionam essa autoria.
Durante os dois meses que o povo de Israel permaneceu acampado em Sitim, nas planícies de Moabe, foram feitos preparativos para a ocupação de Canaã. Ali Moisés fez o discurso que constitui o resumo do livro.
O livro tem tema histórico, legislativo e exortativo. Consiste principalmente de quatro discursos:
- O primeiro anuncia a saída de Moisés da liderança
- O segundo reafirma o decálogo como a base da aliança entre Deus e Israel
- O terceiro é sobre o ritual de bênçãos e maldição
- O quarto apresenta outra vez uma exortação para se guardar a lei e explica a aliança
Adaptado de CBASD, vol. 1, pág. 1041
O Capítulo 1
Estando ao leste do Jordão, no primeiro dia do 11º mês do ano 40º ano do êxodo, Moisés começou a relatar um resumo de toda a jornada do povo desde Horebe, onde o povo se acampou aos pés do monte Sinai. Ali Moisés relatou a nomeação dos seus auxiliares, os chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez.
Depois Moisés relatou o envio dos doze espias à terra de Canaã, quando depois o povo temeu e deixou de crer que Deus poderia expulsar os habitantes daquelas terra. Após sua incredulidade, Deus disse que aquela geração não entraria na terra. Neste relato Moisés inclui a indignação de Deus contra ele, atribuindo a culpa deste fato ao povo (v. 37). Também reafirma a escolha de Josué como seu sucessor que iria conduzir o povo até a terra prometida.
No entanto, aquela geração deveria marchar em direção ao deserto, mas ao invés de obedecer a Deus, o povo resolveu habitar as montanhas e ao subir foram derrotados pelos amorreus em Horma. Voltaram depois para chorar perante Deus.
Aquele era um momento importante, pois Moisés estava para deixar a liderança e Josué, o seu sucessor, deveria conduzi-los. Antes, porém, foi necessária uma preparação para que Israel tomasse as terras. Esta preparação incluía uma reflexão dos fatos ocorridos.
Refletir a respeito do passado pode ser uma atitude construtiva, quando fazemos isso para extrair ensinamentos para nossa vida (Pv 19:2). Devemos porém não perder de vista a Cristo, tendo em mente o futuro (Fp 3:12-14).
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