segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Números 30 - Acerca dos votos

O capítulo 30 trata acerca do cumprimento dos votos feitos ao Senhor e sua obrigatoriedade. Estes votos diziam respeito a algum juramento que a pessoa fazia a Deus com o intuito de abster-se de alguma coisa por um tempo determinado ou oferecendo-lhe um serviço especial.

Tanto homem quanto a mulher poderiam fazer votos (v. 2 e 3). Como o povo de Israel era  uma sociedade patriarcal, o homem era independente para tomar seus votos e, portanto,
era obrigado a cumpri-los (v. 2).

A mulher que fizesse algum voto era obrigada a cumpri-lo caso fosse solteira e ainda morasse com seu pai e este ao tomar conhecimento do voto dela não o desaprovasse (v. 3 e 4). Caso o seu pai desaprovasse o voto ela não precisaria cumpri-lo (v. 5). O mesmo ocorria caso a mulher fosse casada. Seu voto seria cancelado ou não conforme a aprovação ou desaprovação de seu esposo (v. 13). Neste caso, a submissão da esposa em relação ao marido se tornada semelhante à submissão ao seu pai.

Já as mulheres viúvas ou divorciadas estavam em liberdade para fazer votos, mas sempre tinham que cumpri-los (v. 9).

Alguns exemplos:

Existia o voto do nazireado (Nm 6:1-8) que era um voto especial quando uma pessoa se consagrava a Deus por um período especificado. O nazireu não podia tocar em nenhum tipo de cadáver, não podia beber vinho nem consumir nada que vinha das uvas e também não cortava seus cabelos (como um sinal do seu voto). Sansão tinha este voto (Jz 13:1-14).

Jacó fez um voto em Betel (Gn. 28:20; 31:13).
O povo de Israel fez um voto ao Senhor pedindo pela destruição do povo Cananita (Nm 21:2).
Jefté fez um voto estranho a Deus (Jz 11:30-31) no qual acabou comprometendo a vida de sua filha.
Ana fez um voto a Deus pedindo por um filho (1Sm 1:10-11)


Não realizar uma promessa feita a Deus é um ato de ingratidão e descuido, além de ser considerado pecado (Dt 23:21-22; Mt 5:33). É melhor não fazer votos do que fazer e não cumprir (Ec 5:2-5).


Um comentário:

  1. Então neste caso de votos (promessas) é bem claro que fazer uma promessa a qualquer outra divindade se caracteriza como idolatria (consciente ou inconsciente).

    No caso de fazer uma promessa a Deus como realizar um trajeto longo a pé caso alcance tal graça. Ou uma peregrinação, ou qualquer outra coisa desse tipo.

    Levando em conta que até os israelitas faziam algo semelhante, como jejum para vencer batalhas ou consagrar despojos de batalhas.

    Podemos fazer essa comparação?

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