Este salmo é um acróstico onde praticamente todos os versículos começam com uma letra do alfabeto hebraico (CBASD, vol. 3, pág, 778). Na verdade, trata-se de uma oração onde não há uma ideia estruturada com início, meio e fim, mas uma coleção de frases a respeito de diferentes ideias.
Tentando estabelecer uma sequência lógica para o tema da oração, poderíamos organizar as frases do salmo da seguinte forma:
Parece que Davi orava olhando para cima, como quem busca ver a Deus (v. 1, 15). Ele estava angustiado (v. 16-18) por causa dos seus inimigos (v. 19) e pediu para que não fosse envergonhado (v. 2, 20), pois os que esperam em Deus não são envergonhados, mas os que praticam o mal serão (v. 3).
O salmista deseja que Deus o guie nos Seus caminhos (v. 4) que são baseados na verdade de Deus (v. 5, 10). Deus é bondoso e mostra o caminho correto aos pecadores (v. 8,12), desde que eles sejam mansos (v. 9; ver também Mateus 5:5; 11:29). Para esses, Deus concederá a sua intimidade, ou seja, os que temem ao Senhor terão um relacionamento íntimo com ele. Por isso, Davi pede perdão pelos seus pecados (v. 6, 11).
O verso 7 tem um ensinamento especial: Davi pede que Deus lembre-se dele, mas esqueça os seus pecados. Quando buscamos a Deus com sincero arrependimento Deus ouve a nossa oração e nos perdoa (Isaías 55:7; João 6:37; 1 João 1:9), além de esquecer o nosso pecado (Isaías 43:25; Miquéias 7:19), no sentido de não levar mais em conta, não trazer o nosso passado novamente à tona.
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador (Lucas 19:10).
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