quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Salmos 50 - O Senhor vem para julgar

Ao lermos os primeiros versos deste salmo imediatamente a nossa mente é levada à imaginar as cenas do juízo divino e da volta de Jesus. O Senhor Deus chama a Terra "desde o Levante até ao Poente" (v. 1), assim como a volta de Jesus será comparada a um relâmpago, que sai "do oriente e se mostra até no ocidente" (Mateus 24:27), .

O nosso Deus vem para julgar (v. 4), como indica o contexto do salmo, e a sua vinda não é silenciosa (v. 3). Esta passagem é aplicável também no sentido do juízo final (Mateus 25:31; Atos 17:31; 2 Timóteo 4:1) no dia da volta de Jesus.


Este salmo só reforça a ideia de que não existe nada de silencioso na volta de Jesus. Ele vem de forma espetacular, pois o texto diz que "perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta" (v. 3). Além disso, outras passagens da Bíblia afirmam que ele vem com todos os anjos dos céus e grande clangor de trombeta (Mateus 24:30-31), os mortos ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4:16-17), "os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados" (2 Pedro 3:10).

O Senhor vem para congregar, ou seja, reunir os seus santos (v. 5; Mateus 24:30-31) que fizeram aliança com ele por meio de sacrifícios. Na antiga aliança o pecador demonstrava seu arrependimento por meio do sacrifício de cordeiros. No novo testamento o verdadeiro cordeiro já foi sacrificado (João 1:29). Agora a nova aliança que fazemos com Deus é por meio do sangue de Cristo, oferecendo a ele outros sacrifícios, como a conservação da saúde do nosso corpo, que é uma forma de culto a Deus (Romanos 12:1), pois o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 3:16-17; 6:19). Além disso, mais importante do que qualquer tipo de sacrifício é amar a Deus e ao próximo (1 Samuel 15:22; Marcos 12:33). O que Deus desejava do povo era o sacrifício de "ações de graças" (v. 14-15).


Este salmo cita um dos motivos do julgamento que Deus tem contra os povos: o formalismo religioso, baseado apenas em cerimônias, onde a verdadeira forma de adoração é deixada de lado (v. 7-9). Nos sacrifícios do Antigo Testamento, Deus não estava interessado nos objetos de culto, como o sangue ou a carne dos animais sacrificados, pois Deus não comia a carne deles (v. 13). Isto era apenas uma forma de cerimônia. Talvez as pessoas do Antigo Testamento estivessem confundindo estas cerimônias com o culto aos deuses pagãos, cujos adoradores ofertavam carnes e frutas com o objetivo de receber dádivas deles. o que o nosso Deus

O salmo lembra que Deus é o Senhor de toda a Terra (v. 10-12). Ele não só é o dono de todos os animais, como conhece a cada um (v. 11). Jesus falou que o Pai celestial alimenta as aves do céu (Mateus 6:26). Isto é parte da doutrina da Mordomia Cristã.


O salmista passa a citar as palavras de Deus para os ímpios. No contexto deste salmo os ímpios são aqueles que vivem repetindo as cerimônias religiosas e tem palavras bonitas nos lábios, mas não aceitam as palavras e a disciplina de Deus (v. 16-17). São as pessoas que não condenam o pecado, mas ao invés disso fazem vistas grossas para o mal e ainda se associam com quem pratica tais atos (v. 18), além de serem pessoas falsas que difamam o próximo (v. 19-20). Jesus afirmou que no dia de sua vinda virão muitas pessoas a ele achando que deveriam ser salvas por causa de sua religiosidade, mas receberão abertamente a sua reprovação (Mateus 7:21-23).

Há pessoas que pensam que Deus tem fechado os olhos para esses pecados, mas na verdade um dia todos nós prestaremos contas com Deus (Eclesiastes 11:9; 12:14; Romanos 14:10-12; Tiago 2:12; Apocalipse 20:12). Por isso, Deus nos aconselha a não nos esquecermos dele (v. 22).


Existe uma bênção especial para aqueles que oferecem a Deus o "sacrifício de ações de graças" (v. 23), pois assim nós realmente estamos glorificando a Deus.


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