O salmista inicia o poema convidando os filhos de Deus a prestar homenagens a Deus (v. 1). Provavelmente estes filhos de Deus sejam os anjos (Jó 1:6). Os anjos estão constantemente louvando a Deus no céu.
Deus deve ser louvado na "beleza de sua santidade" (v. 2). A beleza física exterior não se compara à beleza de uma vida santa (Salmo 96:9; 1 Pedro 3:3-4). A beleza de Deus nos é revelada por meio do seu caráter santo.
A partir do verso 3 o poder do Senhor é comparado a uma tempestade que se forma no mar. A sua voz é comparada ao trovão. O poder de Deus é muitas vezes demonstrado na natureza por meio de fenômenos que nos impressionam, como as tempestades. Afinal, se uma tempestade é tão forte, imagine o poder daquele que criou as tempestades! É um fenômeno tão impressionante que o salmista chega a afirmar que "o SENHOR está sobre as muitas águas". A sua voz é poderosa e cheia de majestade (v. 4).
Esta mesma tempestade que se iniciou no mar alcança as montanhas do Líbano e chega a quebrar os cedros (v. 5), fazendo-os saltar como bezerros (v. 6). Ela arranca as árvores por meio da força de seus ventos e raios. Estes mesmos raios ao atingir as árvores criam chamas de fogo (v. 7).
Ao passar pelas montanhas do Líbano a tempestade avança até o deserto de Cades (que é o deserto da Síria). Lá o som do trovão estronda no meio do deserto, fazendo-o tremer (v. 8). Tão grande é a tormenta que faz as corças darem cria, devido ao temor da tempestade (v. 9). No seu templo tudo, ou seja, a tempestade no mar, os ventos e raios que atingem os cedros e o som do trovão, tudo diz "Glória!".
Deus estava no controle dos eventos da poderosa tempestade que passou. Ele, que "preside aos dilúvios", presidirá para sempre (v. 10). "Os dilúvios" aqui não se refere ao dilúvio de Noé, até mesmo porque o texto traz a palavra "dilúvios" no plural, mas sim às inundações que normalmente acontecem após grandes tempestades.
A promessa do verso 10 é que o mesmo Deus que governa sobre a poderosa tempestade que veio e passou, também governará para sempre. O Senhor que cria a poderosa tempestade é o mesmo que "dá força ao povo" (v. 11). O Senhor que causa temor com a tempestade é o mesmo Deus que "abençoa com paz ao seu povo" (v. 11).
A natureza nos dá amostras do poder e glória de Deus (Salmos 19:1-5). O mesmo Deus Alto e Sublime, que criou os céus e a terra, também habita com o contrito e abatido de espírito (Isaías 57:15). Que conforto nos dá saber que este Ser tão poderoso, que nos recebe como um pai, está disposto a viver conosco e a cuidar de nós e nos abençoar com sua paz!
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