Segundo o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, este salmo tem seu contexto histórico no momento em que Davi resolveu levar a Arca da Aliança do seu local provisório na casa de Obede-Edom para a tenda que Davi preparou em Jerusalém (2 Samuel 6; 1 Crônicas 15) (CBASD vol. 3, pág. 774).
O início do salmo exalta Deus como o criador, e, portanto, proprietário da Terra (v. 1; Gênesis 1:1). Tanto a Terra quando o seu conteúdo pertencem a Deus, incluindo nós mesmos. Este pensamento deve nos levar a um senso de reverência para com Deus, pois nós não pertencemos a nós mesmos (1 Coríntios 6:19). O verso 2 provavelmente esteja fazendo uma referência ao relato da criação, pois no princípio a Terra era coberta de água (Gênesis 1:2) e depois ele fez aparecer a porção seca (Gênesis 1:9).
Em seguida o salmo faz uma reflexão a respeito de quem são os que poderão habitar com o Senhor (v. 3), de forma semelhante à pergunta feita no Salmo 15. A resposta é semelhante à que é dada naquele salmo: o puro de coração (v. 4; Mateus 5:8) receberá a bênção da justiça de Deus (v. 5; Mateus 5:6).
A segunda parte do salmo contém palavras de louvor ao Rei da Glória (v. 7-10). Estando com a Arca da Aliança diante das portas de Jerusalém foram proferidas essas palavras. No entanto, o verdadeiro Rei da Glória é aquele que após ter morrido e ressuscitado subiu ao céu, tendo passado pelas portas eternas, os portais do Céu.
Muito bom conhecer o contexto histórico da primeira parte do salmo.
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