segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Salmos 12 - As palavras dos ímpios x a palavra de Deus

Praticamente todo o salmo é uma lamentação por causa da grande quantidade de homens ímpios sobre a terra. O salmista chega a dizer que os fiéis "desaparecem entre os filhos dos homens" (v. 1), talvez querendo dizer que os fiéis são tão poucos que quase não se encontram mais. O pecado evidenciado neste salmo é a falsidade (v. 2), mas também é relatada a opressão que é praticada contra os pobres (v. 5).



Além destes homens ímpios praticarem o mal, ainda zombam de Deus, dizendo que Deus não pode fazer nada contra eles pois os lábios são deles e eles fazem o que quiserem (v. 4). Este argumento é bastante usado hoje em dia pelas pessoas que praticam o pecado voluntariamente: "a vida é minha e eu faço dela o que eu quiser". Mas será que podemos pensar assim? Será que a nossa vida é propriedade exclusivamente nossa e devemos prestar contas somente a nós mesmos?

Este pensamento é no mínimo egoísta. Tudo o que temos e tudo o que somos vem de Deus, começando pela vida (Jó 10:12; Salmos 95:6; Malaquias 2:10), nossas posses (Deuteronômio 8:17-18; 1 Crônicas 29:14; Tiago 1:17), inteligência e sabedoria (Provérbios 2:6; Tiago 1:5) entre outras coisas. Jesus chegou a dizer que até mesmo o Sol e a chuva são enviados por Deus sobre justos e injustos (Mateus 5:45). Deus é o provedor de todos (Mateus 6:26-33).

Mesmo quem não crê em Deus está em débito: primeiramente com seus pais que o trouxeram à vida, criaram e educaram. Não podemos dizer "eu não pedi pra vir a este mundo", pois no fundo todos gostamos de viver, e se estamos usufruindo somos devedores. Em segundo lugar, estamos em débito com os parentes, os amigos e quaisquer pessoas que de alguma forma fazem parte de nossa vida e se importam conosco. Estas pessoas querem o nosso bem e ao conduzirmos nossa vida de forma irresponsável estamos causando sofrimento ou no mínimo tristeza para com as pessoas que nos amam.


Davi faz um contraste entre as palavras de Deus, que são puras (v. 6), com as palavras dos ímpios, que são falsidade (v. 2). A pureza das palavras de Deus são comparadas à prata que passou sete vezes pelo processo de purificação. Sete é o número da perfeição e plenitude.

Temos a promessa de Deus que ele irá se levantará a favor de quem anseia pelo livramento (v. 5). Mais um contraste aparece no verso 7: Davi chama os ímpios de "esta geração", enquanto que os justos serão livrados "para sempre", ou seja: mesmo que os ímpios sejam maior número (v. 1) e andem por todos os lados (v. 8), eles não durarão muito tempo, mas os justos viverão para sempre com Deus (v. 7).






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