sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Salmos 9 - Deus, o juiz e refúgio

O início do salmo é um louvor de Davi a Deus "de todo o coração" pelo livramento dos seus inimigos (v. 1-3).

No decorrer do salmo Deus é exaltado como o aquele que se assenta no seu trono para julgar retamente (v. 4, 7, 8, 16 e 19). O trono de Deus é citado na Bíblia não apenas como um símbolo de realeza, mas como um símbolo da autoridade que ele tem de julgar (v. 7, Sl 89:14; Sl 97:2).


Mas Deus não é apresentado neste salmo somente como aquele que julga, mas também como aquele que protege os oprimido que confiam nele (v. 9-12). O Senhor nunca abandona os aflitos (v. 12). Mesmo que nos momentos de angústia muitas vezes nós cheguemos a pensar que Deus nos esqueceu, é justamente neste momento que Ele olha para nós com maior carinho e atenção (Sl 51:17; Is 57:15).

Por outro lado, os ímpios e todos os que esqueceram de Deus não terão refúgio nele, mas "serão lançados no inferno" (v. 17). A palavra "inferno" (na tradução Almeida Revista e Atualizada) não é uma boa tradução, pois ela vem da palavra hebraica "Sheol", que denomina o lugar para onde os mortos vão e não serão mais vistos. A melhor tradução de "Sheol" seria "sepultura". O profeta Jonas de dentro do ventre do peixe orou a Deus dizendo que estava no Sheol mesmo estando vivo. Neste caso a palavra foi traduzida por "abismo".


Podemos perceber neste salmo três fatos que estão relacionados: 1) A autoridade de Deus como juiz que julga com retidão. 2) Os ímpios que serão julgados e condenados, caindo "na cova que fizeram" (v. 15). 3) Os justos, que conhecem o nome de Deus (v. 10) e estão atualmente sendo oprimidos serão salvos por ocasião do juízo, pois o Senhor não se esquece deles (v. 12 e 18).

A aparente injustiça existente na sociedade atualmente onde os ímpios prevalecem e os justos são oprimidos terá um fim quando Deus executar o seu juízo. Isto é mais um motivo de Deus ser louvado.






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