sábado, 17 de agosto de 2013

Salmos 10 - A maldade dos homens

Em quatro manuscritos hebraicos, na Septuaginta e na Vulgata, os Salmos 9 e 10 são um só, que é enumerado Salmo 9 (CBASD, vol. 3, p. 736). Isto causa uma diferença na numeração dos salmos entre as bíblias Católicas e as demais.

Este salmo dedica boa parte de seu conteúdo a fazer uma lamentação por causa da maldade dos homens.



Ao perguntar a Deus porque ele está longe o salmista se identifica conosco, pois muitas vezes nós temos também essa impressão quando passamos por momentos de aflição. No entanto, essa parece ser uma pergunta retórica, pois o próprio salmista dá a resposta no fim do salmo afirmando que Deus escuta os humildes (v. 17-18).

A seguir vemos a descrição de vários tipos de pecados e pecadores: arrogantes perseguindo, perversos cobiçando, avarentos blasfemando cotra Deus (v. 3), soberbos dizendo para si mesmos dizendo que não há Deus (v. 4).

É interessante notar no texto que os perversos afirmam que não há Deus porque não fizeram a devida investigação, devido à sua soberba. O mesmo é afirmado em Salmos 14:1 e 53:1 onde eles são chamados de "insensatos". Grande parte dos que afirmam que Deus não existem são justamente pessoas que atribuem a si mesmos a qualidade de ser pessoas mais instruídas ou sábias que os demais. Crer em Deus, dizem eles, é falta de cultura ou infantilidade. O salmista afirma que são justamente eles os que não pensam bem a respeito deste assunto, pois lhes falta bom senso.

O salmo afirma também que os perversos prosperam (v. 5). Prosperidade nesta vida nunca foi e nunca será símbolo de que estamos de bem com Deus. O principal desejo de Deus é "que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade." (1Tm 2:4), não que tenhamos prosperidade apenas nesta vida (1Co 15:19). É bem verdade que Deus abençoa seus filhos, mas isso não é prova de comunhão com ele.


Os pecados dos homens são praticados devido à perda do senso da presença de Deus (v. 6 , 11 e 13). A lista de maldades continua com: palavras de mentira, insulto e iniquidade (v. 7) e crimes cometidos em emboscadas (v. 9-8).

Mais uma vez o salmista clama a Deus para que ele se erga em prol dos que são injustiçados (v. 12), afirmando sua crença de que Ele tem visto todos estes males e irá fazer justiça a todos (v. 14-18).


A maldade humana parece não ter limites. Especialmente no nosso tempo vemos cada vez mais crimes que são cada vez mais cruéis. Coisas antes vistas com maus olhos hoje são praticadas como se fossem normais, pois os homens creem que "não há Deus" ou pelo menos que "Deus não se importa". Jesus profetizou que os últimos dias seriam semelhantes aos de Noé, quando as pessoas levavam suas vidas como queriam, deixando Deus de lado (Lc 17:26-27). Paulo afirmou que os nossos dias seriam difíceis devido à maldade dos homens (2Tm 3:1-5).


Temos, porém, a promessa de um dia em que todos seremos julgados (At 17:31) e posteriormente teremos um mundo onde habitará a justiça (2Pe 3:13).


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