sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Números 19 - As águas purificadoras

Devido ao temor que os israelitas tinham de perder a vida devido à contaminação cerimonial (Nm 16:49; 17:12-13) Deus deu a lei das águas purificadoras, onde uma novilha foi sacrificada fora do arraial e as suas cinzas eram misturadas à água corrente e aspergida como um ritual de purificação.

A Novilha deveria ser vermelha (simboliza sangue, um instrumento de purificação), perfeita (sã, sadia) e sem defeito (sem defeito físico). Após imolada, a novilha era queimada e ao fogo acrescentava-se cedro, hissopo e estofo carmesim. O cedro sera um símbolo de fragrância
e ausência de corrupção. O hissopo um símbolo de purificação (Sl 51:7). A cor vermelha do estofo representava o pecado (Is 1:18).

A água purificadora era uma espécie de oferta pelo pecado quando uma pessoa tocava um cadáver, seja de homem ou animal imundo, ou quando alguém entrava em uma casa onde havia um morto ou quando tocava uma sepultura. Tais atos não eram considerados transgressão da lei moral, mas sim da cerimonial. Isso fica evidente devido ao uso das águas purificadora em objetos inanimados.


Todos esses conceitos de contaminação e purificação que poderiam ser vistos como sem sentido em um mundo moderno, tinham sua utilidade na época: manter viva na mente do povo a gravidade do pecado em contraste com o Deus santo que os estava guiando. Ao mesmo tempo, as o sacrifícios de animais lembravam ao povo a sua necessidade de um salvador vindouro que iria morrer paga pagar a penalidade da sua culpa e definitivamente libertá-los do pecado.

A palavra de Deus em Hb 9:13-14 faz referência a este ritual de purificação. As "obras mortas" provavelmente se refira ao uso das cinzas da novilha morta (citada no verso 13). Jesus veio para se oferecer em nosso lugar e limpar não nosso corpo de uma contaminação cerimonial, mas a nossa mente e o nosso coração da contaminação do pecado, "para servirmos ao Deus vivo".

Adaptado de CBASD, vol. 1, p. 963-966

Um comentário:

  1. Muito bom; esse estudo ficou claro a existência de pelo menos duas leis. "Tais atos não eram considerados transgressão da lei moral, mas sim da cerimonial".

    É importante perceber esta existência de outras leis, para ao lermos algo sobre lei termos o cuidado de analisar de que lei o texto se trata.

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