Este é um típico caso do orgulho e da ganância humana.
Corá era da tribo dos levitas. Os coralitas haviam recebido a responsabilidade pelo ministério da música e do canto nos cultos do santuário (CBASD vol. 1, pág. 951). Ao invés de ser feliz com a sua posição, Corá aspirava a função de Sacerdote (v. 10). O erro aqui não está em desejar progredir, melhorar, como alguém que desempenha uma função em uma empresa e aspira um cargo elevado. O erro de Corá consistia na sua cobiça em afirmar ter direitos que na realidade não tinha (v. 8-10). Na verdade, todo o povo de Israel era santo, pois havia sido escolhido por Deus, mas as funções sacerdotais
haviam sido designadas por Deus para uma família específica.
Datã e Abirão provavelmente se uniram a Corá em sua rebelião para reinvindicar para si a liderança civil sobre o povo pelo fato de serem descendentes de Rúben, o primogênito de Jacó (CBASD vol. 1, pág. 951).
Foi Deus quem determinou Moisés como líder e Arão como sacerdote sobe o povo. Desta forma, a revolta de Corá, Datã, Abirão e os 250 príncipes não consistia em um protesto contra eles, mas contra uma determinação do próprio Deus.
Surpreendentemente, mesmo após Deus ter demonstrado sua vontade em manter Moisés e Arão como líderes e ter punido os rebeldes, ao invés do povo ficar convencido a respeito da vontade de Deus, no dia seguinte o povo levantou nova rebelião, que resultou na morte de quase quinze mil pessoas. Como é impressionante a nossa capacidade humana de agir de maneira contrária à vontade de Deus!
O orgulho e o desejo de possuir poderes ou direitos acima do determinado por Deus lembra a rebelião de Lúcifer, que se iniciou no céu, quando ele desejou ser semelhante a Deus em poder e autoridade (Is 14:12-14).
Jesus ensinou que o Reino de Deus é o lugar dos humildes e daqueles que desejam servir ao invés de ser servidos (Mt 5:3; 20:26-27).
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